A MOAGEM é um espaço de residências artísticas e apoio à criação que proporciona o acolhimento de artistas e/ou investigadores no Centro Histórico da cidade de Torres Vedras.

Demos início ao projeto MOAGEM em 2019 com o principal objectivo de apoiar a experimentação e criação artística através da facilitação de um espaço de acolhimento de artistas na associação, bem como fomentar e estabelecer parcerias num trabalho em rede com outras estruturas e criadores nacionais e internacionais.

 

OPEN CALL – 1ª FASE

A ESTUFA, através do Programa de Apoio a artistas e investigadores, integrado no projeto MOAGEM – Residências Artísticas desta associação, lançará duas Open Calls em 2023 e apoiará dois projetos com bolsas de 500€,00 (quinhentos euros). As bolsas são destinadas à criação artística e à investigação na área cultural e artística.

Para além do apoio financeiro, estas bolsas proporcionarão aos projetos seleccionados:  estadia com atelier, estúdios amplos para ensaios ou escritório para o desenvolvimento de propostas, acesso a pátio interno, wc privativo e cozinha para um máximo de 3 a 4 elementos por equipa artística.

Os projetos apoiados por este programa terão também suporte e apoio logístico de produção e de comunicação proporcionados pela equipa da Associação ESTUFA.

A primeira fase da Open Call: Programa de Apoio à Investigação e Criação, lançado pela Associação ESTUFA em 2023, encerrou no dia 31 de janeiro.

Foram recepcionadas 34 candidaturas (31 elegíveis: 3 chegaram fora do prazo estabelecido, podendo ser reenquadradas noutro programa), provenientes de Norte a Sul do País, mas também da Escócia, Estados Unidos da América, Espanha e Brasil.

As candidaturas incluem propostas de contacto que estimulam possibilidades de desenvolvimento colaborativo com a comunidade local ou propostas integradas com os restantes projectos da associação, ficando ao critério do residente o molde em que estas se concretizam (open studios, artist talk, masterclasses, tertúlias, ensaios abertos, entre outros).
A segunda fase desta open call será lançada em setembro de 2023, com datas de residência entre Novembro e Dezembro.

Para mais informação contacte-nos :

  • producao@estufa.pt | moagem@estufa.pt
  • +351 936 408 775

Genuardi Ruta

A dupla de artistas italianos esteve acolhido na MOAGEM – residências artísticas para a criação de um trabalho de artes visuais que resultou na exposição “Locomotive Breath”, com curadoria de Jorge Reis, patente na cidade de Torres Vedras.

Hugo Cabral Mendes e Inês Gomes

“A Maior Flor do Mundo“, baseada no livro homónimo de José Saramago, e em comemoração aos 100 anos deste importante escritor português é uma proposta que resulta do interesse destes jovens artistas, associados da ESTUFA, pela exploração prática colaborativa envolvendo o público infantil-juvenil desde a concepção até compor um espetáculo imersivo sobre a importância de preservar e cuidar da Natureza.

FLÂNEUR ao centro

Define-se por ser um projecto que, envolvendo a comunidade, convida artistas a trabalharem sobre o território, com o objectivo de reflectir sobre o local.

Tendo como culminar um momento expositivo em espaço público, o projecto intervirá em 4 municípios da região Centro: Leiria, Torres Vedras, Lourinhã e Bombarral, recorrendo a 2 artistas nacionais e 2 internacionais.

Em parceria com a Procur.arte, para o desenvolvimento do projecto FLÂNEUR ao centro, a ESTUFA acolheu em residência artística o fotógrafo portugês Fábio Cunha e a fotógrafa irlandesa Róisín White.

Fábio Cunha

O fotógrafo português, durante sua residência artística na MOAGEM, deu continuidade ao seu projecto “Rua Fonte do Mundo”, partindo de uma toponímia local para uma noção de metáfora global, aplicada ao território.

Róisín White

A MOAGEM acolheu a fotógrafa irlandesa Róisín White que desenvolveu um trabalho, em Torres Vedras, numa estreita relação com os olhares das crianças de várias escolas do concelho sobre o território onde residem.

Mariana Magalhães

Em 2022 esteve em residência na MOAGEM para desenvolver sua criação de MY BODY IS A CAGE.

Neste trabalho, dois corpos investigam sobre a sua identidade, debruçando-se sobre as referências que os influenciam e inevitavelmente transformam, enquanto mulheres, amantes e criadoras. Em formato de biografia ficcionada, a criação prende-se na consciencialização de que o corpo é um produto mutável que evolui à medida que consome ou que é consumido, levando ao questionamento: se a identidade é um conjunto de referências infinitas, qual é o início do meu princípio e o limite do meu fim?

Mariana Magalhães é atriz, mestre em Artes Cénicas, variante interpretação e direção artística, pós-graduada em dança contemporânea e fundadora do grupo colectivo RETORNO.

TAMBÉM é tEU

Primeira criação dos bailarinos Beatriz Lourenço, Catarina Marques e Rafael Pinto.

Este projeto surge da vontade de desenvolver um processo criativo tendo como ponto de partida um conjunto de premissas e ambições que darão rumo ao desenvolver da peça. Em analogia a uma pintura, os criadores encararam o local de apresentação da peça como uma tela em branco que será preenchida, quer por objetos, adereços, ações, sons, ou até o simples rasto de tudo o que for instalado em cena.

Khristall Afrika

Esta residência artística tem como foco buscar inspirações, desenvolver outras narrativas, outros métodos e formas de fazer arte junto de outros artistas e principalmente ter um tempo dedicado especificamente na criação e montagem do monólogo CANCER RACIAL.

Diana de Sousa

Diana de Sousa foi uma das artistas selecionadas da primeira edição da Open Call – Programa de Apoio a Artistas e Investigadores (1ª fase), integrado no projeto MOAGEM – Residências Artísticas.

“GALANISSAGE” é um body performance sobre como as coisas se transformam noutras coisas e sobre a importância de podermos mudar. Situando-se no contexto do cruzamento de disciplinas artísticas, Eu – Narciso – Eco é um tríptico performativo, para dois intérpretes, cujas partes podem funcionar de modo independente ou num todo duracional.

EU

Metáfora identitária e social é, antes de mais, uma ação que proporciona a possibilidade de permanecer num espaço desconfortável que a ironia torna possível.

NARCISO 

Performance bélica em que um par de intérpretes combatem, numa coreografia ‘operática’ de insultos que oscila entre a violência e caos, a poesia e o nonsense do cansaço extremo. Tratar-se-ia, portanto, de uma construção à volta da ideia de como o discurso inclui ou exclui e do modo como nos estamos a transformar numa espécie de ilhas identitárias que não reconhecem qualquer representatividade à voz do outro.

ECO

A transformação do outro pela ação do meu próprio corpo é a própria ideia da gestação mas também da metamorfose. Da criação de uma nova criatura. Por outro lado, a própria arte tornou-se fágica. O corpo como lugar limitado de possibilidades ilimitadas só é uma realidade se considerar as transações possíveis com o corpo do outro, com o corpo diferente, ou, talvez, com a tecnologia. O poder e a concessão.